Em junho de 2010, os Estados de Alagoas e Pernambuco passaram juntos pela maior enchente das últimas décadas, que matou 47 pessoas e levou 26 municípios a decretarem estado de calamidade pública. Desde então, os dois Estados receberam recursos para reconstrução. Por outro lado, a verba destinada à prevenção de novas tragédias não teve uma divisão igualitária do Ministério da Integração Nacional.
Enquanto Pernambuco, Estado do ministro Fernando Bezerra Coelho, deverá receber R$ 320 milhões do governo federal para construir cinco barragens, Alagoas – governada pelo PSDB – teve autorizado o repasse de apenas R$ 8 milhões para "estudos" e "elaboração de projetos".
Pernambuco tem duas grandes barragens em construção e outras três em fase final de licitação. O lançamento da ordem de serviço das duas primeiras obras, em 30 de agosto do ano passado, contou com a presença do ministro e da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, as cinco barragens pernambucanas custarão R$ 640 milhões – sendo R$ 320 milhões do governo federal e a mesma quantia do governo estadual. As obras devem evitar novos alagamentos em cidades da zona da mata sul.
O governo do tucano Teotônio Vilela Filho em Alagoas também enviou pedidos ao ministério. Segundo nota da Secretaria de Infraestrutura do Estado, o projeto para construção de 14 barragens nos rios Mundaú e Paraíba e da dragagem na lagoa Mundaú, onde deságua o rio do mesmo nome, foi entregue pessoalmente pelo governador ao ministro da Integração Nacional no dia 10 de agosto de 2011.
“As obras de contenção dos rios, bem como o desassoreamento e a dragagem das lagoas, são fundamentais para impedir tragédias como as ocorridas nas enchentes de 2010, que atingiram 19 municípios do Estado”, disse à época o secretário de Infraestrutura de Alagoas, Marcos Fireman. O Estado esperava ter os projetos aprovados em 2011, para dar início à fase de licitação, mas fechou o ano sem uma resposta positiva.

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